Introdução


INTRODUÇÃO



Esse é um curso em milagres. É um curso obrigatório. Só é voluntário o momento em que decides fazê-lo. Livre arbítrio não significa que podes estabelecer o currículo. Significa apenas que podes escolher o que queres aprender em determinado momento. O curso não tem por objetivo ensinar o significado do amor, pois isso esta alem do que pode ser ensinado. Ele objetiva, contudo, remover os bloqueios à consciência da presença do amor, que é a tua herança natural. O oposto do amor é o medo, mas o que tudo abrange não pode ter opostos.


Esse curso, portanto, pode ser resumido muito simplesmente dessa forma:
Nada real pode ser ameaçado.
Nada irreal existe.
Nisso está a paz de Deus.


A vida não tem opostos, pois é Deus. A Vida e morte parece
m ser opostos porque tu decidiste que a morte põe fim à vida. Perdoa o mundo e compreenderás que tudo o que Deus criou não pode ter fim e nada que Ele não tenha criado é real. Nesta única frase o nosso curso é explicado. Nesta única frase se dá a direção única de nossa prática. E nesta única frase está todo o currículo do Espírito Santo, especificado exatamente como é.
(MP-20.5:5-10)




O que é e o que diz?

Como o seu título indica, o Curso e todo composto como um instrumento de ensino. Consiste de três livros: o Texto de 721 paginas, o Livro de Exercícios para estudantes de 512 páginas e O Manual de Professores de 94 páginas. A ordem em que os estudantes escolhem usar os livros e as formas nas quais o fazem depende de suas necessidades e preferências particulares.
O currículo que o curso propõe é cuidadosamente planejado e explicado passo a passo, tanto ao nível teórico quanto ao prático. Ele enfatiza a aplicação prática mais do que a teoria e a experiência mais do que a teologia. Declara especificamente que “uma teologia universal é impossível mas uma experiência universal não só é possível como necessária” (Manual, pág. 79). Apesar de ser cristão em seus princípios, o curso envolve temas espirituais universais. Enfatiza que e apenas uma versão do currículo universal. Existem muitas outras, essa se diferencia das outras apenas em forma. Todas conduzem a Deus no final.
O Texto é amplamente teórico e estabelece os conceitos nos quais o sistema de pensamento do curso se baseia. As suas idéias contêm o fundamento para as lições do Livro de Exercícios. Sem a aplicação prática que o Livro de Exercícios provê, o Texto permaneceria em grande parte apenas uma série de abstrações que dificilmente seriam suficientes para realizar a reversão de pensamento que é o objetivo do Curso.
O Livro de Exercícios inclui 365 lições, uma para cada dia do ano. No entanto, não e necessário fazer as lições nesse ritmo, e cada pessoa pode querer ficar em uma lição particularmente atraente por mais de um dia. As instruções requerem apenas que não se tente fazer mais de uma lição por dia. A natureza pratica do Livro de Exercícios e salientada pela introdução as lições, que enfatiza a experiência através de aplicações práticas mais do que um comprometimento anterior a uma meta espiritual:
Acharás difícil acreditar em algumas das idéias que esse Livro de Exercícios te apresenta, e outras podem te parecer bastante surpreendentes. Isso não importa. Meramente te é pedido que apliques as idéias assim como és dirigido a fazer. Não te é pedido para julgá-las em absoluto. Só te é pedido que use-as. E o uso destas idéias que lhes dará significado para ti e te mostrará que são verdadeiras. Lembra-te apenas disso: não precisas acreditar nas idéias, não precisas aceitá-las e não precisas nem mesmo acolhê-las bem. A algumas delas podes resistir com veemência. Nada disso importará, ou diminuirá a sua eficácia. Mas não te permitas fazer exceções ao aplicar as idéias contidas no Livro de Exercícios e, quaisquer que sejam as tuas reações às idéias, usa-as. Nada mais do que isso é requerido. (Livro de Exercícios, pág. 2)
Finalmente o Manual dos Professores, que é escrito em forma de perguntas e respostas, fornece respostas a algumas das perguntas mais prováveis que um estudante poderia fazer. Também inclui esclarecimentos a respeito de alguns dos termos que o Curso emprega, explicando-os dentro da estrutura teórica do Texto.
O Curso não pretende chegar a finalidade ultima e as lições também não pretendem levar o estudante a completar o aprendizado. No fim, o leitor é deixado nas mãos do seu Professor Interno, Que orientará todas as lições posteriores como Ele achar adequado. Apesar do curso ser abrangente na sua estruturação, a verdade não pode ser limitada a nenhuma forma finita, como é claramente reconhecido na declaração no fim do Livro de Exercícios:
Esse curso é um começo, não um fim…. Não ha mais lições específicas, pois não precisamos mais delas. A partir de agora, ouve apenas a Voz por Deus. . . Ele dirigira os teus esforços, dizendo-te exatamente o que fazer, como orientar a tua mente e quando vir a Ele, em silêncio, pedindo-Lhe a Sua orientação segura e o Seu Verbo certo. (Livro de Exercícios, pág. 511).



Como surgiu?





UM CURSO EM MILAGRES começou com a decisão repentina de duas pessoas de se unirem com uma meta comum. Seus nomes eram Helen Schucman e William Thetford, professores de psicologia médica na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade de Columbia na cidade de Nova York. Quem eram eles não importa, exceto que a história mostra que com Deus todas as coisas são possíveis. Eles eram tudo, menos pessoas interessadas no espiritual. O seu relacionamento era difícil e freqüentemente tenso e eles estavam preocupados com o nível de aceitação pessoal e profissional em suas vidas e com status. Em suma, tinham investido de forma considerável nos valores do mundo. As suas vidas dificilmente estavam de acordo com qualquer coisa que o curso advoga. Helen, que recebeu o material, descreve a si mesma nestes termos:
“Psicóloga, educadora, teoricamente conservadora e ateísta em minhas crenças, eu estava trabalhando num ambiente altamente acadêmico e de muito prestígio. De repente algo aconteceu que desencadeou uma série de eventos que eu nunca poderia ter previsto. O chefe do meu departamento inesperadamente anunciou que ele estava cansado dos sentimentos raivosos e agressivos que as nossas atitudes refletiam, e concluiu dizendo que “tem que haver um outro jeito.” Como se eu estivesse esperando esse sinal, concordei em ajudar a achá-lo. Aparentemente, esse Curso é o outro jeito”.
Apesar das suas intenções serem sérias, eles tiveram muita dificuldade em iniciar o seu empreendimento conjunto. Mas tinham dado ao Espírito Santo “um pouco de boa vontade” que, como o Curso enfatiza uma e outra vez, e suficiente para capacitá-Lo a usar qualquer situação para os Seus propósitos, suprindo-a com o Seu poder.
Continuando o relato de Helen, feito na primeira pessoa:
“Três meses estarrecedores precederam o manuscrito em si, durante os quais Bill sugeriu que eu anotasse os sonhos altamente simbólicos e as descrições das estranhas imagens que vinham a mim. Apesar de já ter aprendido a me acostumar mais ao inesperado naquela altura, eu me surpreendi muito quando escrevi: “Esse é um curso em milagres.” Essa foi a minha apresentação a Voz. Ela não tinha som, mas parecia estar me dando um tipo de ditado interno e rápido que eu anotava num caderno de taquigrafia. O ato de escrever nunca era automático. Podia ser interrompido a qualquer momento e depois continuava daquele ponto. Isso me deixava muito desconfortável, mas nunca me ocorreu seriamente parar. Parecia ser um projeto especial que eu tinha aceito de alguma forma, em algum lugar. Ele representava um empreendimento feito em colaboração verdadeira entre Bill e eu, e muito da sua significação, eu tenho certeza, está nisso. Eu anotava o que a Voz “dizia” e lia para ele no dia seguinte, ele então datilografava o que eu lhe ditava. Eu imagino que ele tenha tido o seu projeto especial também. Sem o seu apoio e encorajamento, eu nunca teria sido capaz de realizar o meu. Todo o processo levou aproximadamente sete anos. O Texto veio primeiro, depois o Livro de Exercícios e finalmente o Manual dos Professores. Apenas algumas modificações de somenos importância foram feitas. Os títulos dos capítulos e subtítulos foram inseridos no Texto e algumas das referencias mais pessoais que ocorreram no início foram omitidas. Exceto isso, o material não sofreu modificações substanciais”.
Os nomes dos colaboradores na transcrição do Curso não aparecem porque o Curso pode e deve se manter por si próprio. Não se pretende que ele venha a ser a base para outro culto. O seu único propósito e suprir um caminho no qual algumas pessoas serão capazes de encontrar o seu próprio Professor Interno.



Qual a ideia central?

“Os dois sistemas de pensamento que são críticos para a compreensão do Um Curso em Milagres são a mentalidade errada e a mentalidade certa. Como eu disse anteriormente, a mentalidade errada pode ser equiparada ao ego. A mentalidade certa pode ser equiparada ao sistema de pensamento do Espírito Santo, que é o perdão. O sistema de pensamento do ego não é muito feliz. O Curso torna muito claro que tanto o ego quanto o Espírito Santo são perfeitamente lógicos e consistentes em si mesmos. São também mutuamente exclusivos. Todavia, nos ajuda muito compreender exatamente o que é a lógica do ego, porque ele é muito lógico. Assim, uma vez que você perceba essa sequência lógica, muitos pontos no texto, que de outra forma parecem obscuros, tornam-se bastante evidentes.
Uma das dificuldades ao estudarmos Um Curso em Milagres é que ele não se parece com nenhum dos outros sistemas de pensamento. A maioria procede de uma forma linear na qual você começa com idéias simples e vai construindo em cima delas em direção à complexidade. O Curso não é assim. O sistema de pensamento do Curso é apresentado de um modo circular. Parece andar em círculos sempre em volta do mesmo ponto uma e outra vez. Vamos pensar na imagem de um poço: você vai andando em círculos em volta do poço indo cada vez mais para baixo, você se aproxima da fundação do sistema do ego. Mas é sempre a mesma coisa. E é por isso que o texto diz a mesma coisa uma e outra vez. Como é quase impossível compreender isso da primeira vez, ou da centésima vez, você precisa das 721 páginas. É um processo, e essa é uma das coisas que distinguem Um Curso em Milagres dos outros sistemas de espiritualidade. Apesar de ser apresentado como um sistema de pensamento bastante intelectualizado, é realmente um processo experimental. É escrito deliberadamente dessa forma, pois parte de um ponto de vista pedagógico e pretende nos fazer estudar de um modo diferente daquele que usaríamos para qualquer outro sistema, conduzindo-nos em volta desse poço. No processo de trabalhar com o material do Curso, e com o material das nossas vidas pessoais, nós compreendemos cada vez mais o que o Curso nos diz. Contudo, eu acho que nos ajuda bastante abordar o sistema de pensamento do ego de um ponto de vista linear, para podermos compreender como ele é construído. Isso fará com que seja mais fácil lermos o texto.
Há três idéias centrais para a compreensão do sistema de pensamento do ego. Esses são os fundamentos de todo o sistema: o pecado, a culpa e o medo. Sempre que vocês virem a palavra ‘pecado’ no Curso, podem substituí-la pela palavra ‘separação’, porque as duas são a mesma. O pecado pelo qual nós nos sentimos mais culpados, que em última instância é a fonte de toda a nossa culpa, é o pecado de acreditarmos que estamos separados de Deus…”

Kenneth Wapnick, Ph.D.
“Uma introdução básica a Um Curso em Milagres” – FACIM




O que é Perdão?

O perdão reconhece que o que pensaste que teu irmão fez a ti não ocorreu. Ele não perdoa tornando-os reais. Ele vê que não há pecado. E, nesse modo de ver, todos os teus pecados são perdoados. O que é o pecado, senão uma idéia falsa sobre o Filho de Deus? O perdão simplesmente vê a sua falsidade e, portanto, a abandona. A Vontade de Deus passa, então, a ser livre para ocupar agora o espaço que lhe é devido.
Um pensamento que não perdoa é um pensamento que faz um julgamento que ele não questionará, embora não seja verdadeiro. A mente está fechada e não será liberada. O pensamento protege a projeção, apertando as suas correntes de modo que as distorções se tornem mais veladas e mais obscuras; menos acessíveis à dúvida e mais afastadas da razão. O que poderia se interpor entre uma projeção fixa e o objetivo que ela escolheu como sua meta?
Um pensamento que não perdoa faz muitas coisas. Persegue sua meta ativa e freneticamente, distorcendo e derrubando o que vê como interferências no atalho que escolheu. A deturpação é o seu propósito, assim como o meio pelo qual quer realizá-lo. Ele se lança nas suas tentativas furiosas de esmagar a realidade, sem se preocupar com o que quer que seja que aparentemente contradiga o seu ponto de vista.
O perdão, por sua vez, é quieto e na quietude nada faz. Não ofende nenhum aspecto da realidade, nem busca distorcê-la para encaixá-la em aparências que lhe agradam. Apenas olha e espera e não julga. Aquele que não quer perdoar tem que julgar, pois tem que justificar o seu fracasso em perdoar. Mas aquele que quer perdoar a si mesmo tem que aprender a dar boas-vindas à verdade exatamente como ela é.
Assim sendo, não faças nada e deixa o perdão te mostrar o que fazer através Daquele Que é o teu Guia, teu Salvador e Protetor, forte em esperança e certo do teu êxito final. Ele já te perdoou, pois essa é a Sua função, dada por Deus. Agora é preciso que compartilhes a Sua função e perdoes aqueles que Ele salvou, cuja impecabilidade Ele vê e a quem honra como o Filho de Deus. (LE-parteII.1)
“O perdão é a chave da felicidade. Despertarei do sonho de que sou mortal, falível e cheio de pecado, e saberei que sou Filho perfeito de Deus”. (LE-pl.121)



O que é a salvação?

A salvação é uma promessa, feita por Deus, de que encontrarias finalmente o teu caminho até Ele. Ela não pode deixar de sr cumprida. Ela garante que o tempo terá um fim e que todos os pensamentos nascidos do tempo também terão um fim. O Verbo de Deus é dado a todas as mentes que pensam ter pensamentos em separado e Ele substituirá esses pensamentos de conflito com o Pensamento da paz.
O Pensamento da paz foi dado ao Filho de Deus, no instante em que a sua mente pensou em guerra. Antes disso, não havia necessidade de tal Pensamento, pois a paz era dada sem opostos e simplesmente existia. Mas quando a mente se dividiu, a cura se fez necessária. Assim, o Pensamento que tem o poder de curar a divisão tornou-se parte de cada fragmento da mente que, embora ainda permanecesse una, deixou de reconhecer a sua unicidade. Nesse momento, ela não mais se conhecia e pensou que havia perdido a própria Identidade.
A salvação é um “desfazer”, no sentido de que nada faz por não apoiar o mundo de sonhos e malicia. E, assim, afasta as ilusões. Por não apoiá-las, as abandona simplesmente no pó. Assim, o que escondiam é agora revelado: um altar para o santo Nome de Deus, no qual está escrito o Seu Verbo com as dádivas do teu perdão depositadas diante dele e logo atrás, a memória de Deus.
Vamos diariamente a esse santo lugar para passarmos algum tempo juntos. aqui, compartilhamos o nosso sonho final. Um sonho em que não há tristezas, pois contém um indício de toda a gloria que nos é dada por Deus. A relva desponta na terra, as árvores começam a brotar e os pássaros vêm viver em seus galhos. A terra renasce com uma nova perspectiva. A noite desapareceu e juntos chegamos até a luz.
Daqui, damos a salvação ao mundo, pois é aqui que a salvação foi recebida. A canção do nosso jubilo é o chamado para todo o mundo anunciando que a liberdade está de volta, que o tempo está quase no fim, que ao Filho de Deus só resta mais um instante de espera até que o seu Pai seja lembrado, os sonhos acabem e a eternidade brilhe afastando o mundo e só o Céu exista agora.



Princípios dos Milagres

  1. Não há ordem de dificuldades em milagres. Um não é mais “difícil” nem “maior” do que o outro. Todos são o mesmo. Todas as expressões de amor são máximas.
  2. Milagres em si não importam. A única coisa que importa é a sua Fonte, Que está muito além de qualquer avaliação.
  3. Milagres ocorrem naturalmente como expressões de amor. O amor que os inspira é o milagre real. Nesse sentido, tudo o que vem do amor, é um milagre.
  4. Todos os milagres significam vida, e Deus é o Doador da vida. A Sua Voz vai dirigir-te de forma muito específica. Tudo o que precisas saber te será dito.
  5. Milagres são hábitos e devem ser involuntários. Não devem estar sob controle consciente. Milagres conscientemente selecionados podem ser guiados de forma equivocada.
  6. Milagres são naturais. Quando não ocorrem, algo errado aconteceu.
  7. Milagres são um direito de todos; antes, porém, a purificação é necessária.
  8. Milagres são curativos porque suprem uma falta; são apresentados por aqueles que temporariamente têm mais para aqueles que temporariamente têm menos.
  9. Milagres são uma espécie de troca. Como todas as expressões de amor, que são sempre miraculosas no sentido verdadeiro, a troca reverte às leis físicas. Trazem mais amor tanto para o doador quanto para aquele que recebe.
  10. O uso dos milagres como espetáculos para induzir a crença é uma compreensão equivocada do seu propósito.
  11. A oração é o veículo dos milagres. É um meio de comunicação do que foi criado com o Criador. Através da oração o amor é recebido e através dos milagres o amor é expressado.
  12. Milagres são pensamentos. Pensamentos podem representar o nível mais baixo ou corporal da experiência, ou o nível mais alto ou espiritual da experiência. Um faz o físico e o outro cria o espiritual.
  13. Milagres são tanto princípios como fins, e assim alteram a ordem temporal. São sempre afirmações de renascimento, que parecem retroceder, mas realmente avançam. Eles desfazem o passado no presente e assim liberam o futuro.
  14. Milagres dão testemunho da verdade. São convincentes porque surgem da convicção. Sem convicção deterioram-se em mágica, que não faz uso da mente e é, portanto, destrutiva; ou melhor, é o uso não-criativo da mente.
  15. Cada dia deve ser devotado aos milagres. O propósito do tempo é fazer com que sejas capaz de aprender como usá-lo construtivamente. É, portanto, um instrumento de ensino e um meio para um fim. O tempo cessará quando não for mais útil para facilitar o aprendizado.
  16. Milagres são instrumentos de ensino para demonstrar que dar é tão bem-aventurado quanto receber. Eles simultaneamente aumentam a força do doador e suprem a força de quem recebe.
  17. Milagres transcendem o corpo. São passagens súbitas para a invisibilidade, distante do nível corporal. É por isso que curam.
  18. Um milagre é um serviço. É o serviço máximo que podes prestar a um outro. E uma forma de amar o teu próximo como a ti mesmo. Reconheces o teu próprio valor e o do teu próximo simultaneamente.
  19. Milagres fazem com que as mentes sejam uma só em Deus. Eles dependem de cooperação porque a Filiação é a soma de tudo o que Deus criou. Milagres, portanto, refletem as leis da eternidade, não do tempo.
  20. Milagres despertam novamente a consciência de que o espírito, não o corpo, é o altar da verdade. É esse o reconhecimento que conduz ao poder curativo do milagre.
  21. Milagres são sinais naturais de perdão. Através dos milagres aceitas o perdão de Deus por estendê-lo a outros.
  22. Milagres só são associados com o medo devido à crença em que a escuridão possa ocultar. Tu acreditas que aquilo que os teus olhos físicos não podem ver não existe. Isso conduz a uma negação da visão espiritual.
  23. Milagres rearranjam a percepção e colocam todos os níveis em perspectiva verdadeira. Isso é cura porque a doença vem da confusão de níveis.
  24. Milagres fazem com que sejas capaz de curar os doentes e ressuscitar os mortos porque tu mesmo fizeste a doença e a morte, podes, portanto, abolir ambos. Tu és um milagre, capaz de criar como o teu Criador. Tudo o mais é o teu próprio pesadelo e não existe. Somente as criações da luz são reais.
  25. Milagres são parte de uma cadeia interligada de perdão que, quando completa, é a Expiação. A Expiação funciona durante todo o tempo e em todas as dimensões do tempo.
  26. Milagres representam a libertação do medo. ”Expiar” significa “desfazer”. Desfazer o medo e uma parte essencial do valor dos milagres na Expiação.
  27. Um milagre é uma benção universal de Deus através de mim para todos os meus irmãos. O privilégio dos perdoados é perdoar.
  28. Milagres são um caminho para ganhar a liberação do medo. A revelação induz a um estado no qual o medo já foi abolido. Milagres são assim um meio e a revelação é um fim.
  29. Milagres louvam a Deus através de ti. Eles O louvam, honrando Suas criações, afirmando que são perfeitas. Curam porque negam a identificação com o corpo e afirmam a identificação com o espírito.
  30. Por reconhecerem o espírito, os milagres ajustam os níveis da percepção e os mostram em alinhamento adequado. Isso coloca o espírito no centro, onde ele pode comunicar-se diretamente.
  31. Milagres devem inspirar gratidão, não reverência. Deves agradecer a Deus pelo que real-mente és. As crianças de Deus são santas e os milagres honram a sua santidade, que pode estar oculta, mas nunca perdida.
  32. Eu inspiro todos os milagres, que são realmente intercessões. Eles intercedem pela tua santidade e fazem com que as tuas percepções sejam santas. Colocando-te além das leis físicas, eles te erguem à esfera da ordem celestial. Nesta ordem, tu és perfeito.
  33. Milagres te honram porque és amável. Eles dissipam ilusões a respeito de ti mesmo e percebem a luz em ti. Assim expiam os teus erros libertando-te dos teus pesadelos. Por liberar a tua mente da prisão das tuas ilusões, restauram a tua sanidade.
  34. Milagres restauram a mente à sua plenitude. Por expiar o senso de carência, estabelecem proteção perfeita. A forca do espírito não deixa lugar para intrusões.
  35. Milagres são expressões de amor, mas podem não ter sempre efeitos observáveis.
  36. Milagres são exemplos do pensamento certo, alinhando as tuas percepções com a verdade tal como Deus a criou.
  37. Um milagre e uma correção introduzida por mim num pensamento falso. Age como catalisador, quebrando a percepção errônea e reorganizando-a adequadamente. Isso te coloca sob o princípio da Expiação onde a percepção é curada. Até que isso tenha ocorrido, o conhecimento da Ordem Divina é impossível.
  38. O Espírito Santo é o mecanismo dos milagres. Ele reconhece tanto as criações de Deus quanto as tuas ilusões. Ele separa o verdadeiro do falso através da Sua capacidade de perceber de forma total e não seletiva.
  39. O milagre dissolve o erro porque o Espírito Santo o identifica como falso ou irreal. Isso é o mesmo que dizer que por perceber a luz, a escuridão automaticamente desaparece.
  40. O milagre reconhece todas as pessoas como teu irmão e meu também. É um caminho para se perceber a marca universal de Deus.
  41. A integridade é o conteúdo perceptivo dos milagres. Assim, corrigem ou expiam a percepção defeituosa da falta.
  42. Uma das maiores contribuições dos milagres é a sua forca para liberar-te do teu falso senso de isolamento, privação e falta.
  43. Milagres surgem de um estado milagroso da mente, ou um estado de prontidão para o milagre.
  44. O milagre e uma expressão da consciência interior de Cristo e da aceitação da Sua Expiação.
  45. Um milagre nunca se perde. Pode tocar muitas pessoas que nem mesmo encontraste e produzir mudanças nunca sonhadas em situações das quais nem mesmo estás ciente.
  46. O Espírito Santo é o mais elevado veículo de comunicação. Milagres não envolvem esse tipo de comunicação, porque são instrumentos temporários de comunicação. Quando retornas a tua forma original de comunicação com Deus, por revelação direta, a necessidade de milagres acaba.
  47. O milagre é um instrumento de aprendizado que faz com que a necessidade de tempo diminua. Ele estabelece um intervalo temporal fora do padrão, que não está sujeito às leis usuais do tempo. Nesse sentido ele é intemporal.
  48. O milagre é o único instrumento a tua disposição imediata para controlar o tempo. Só a revelação o transcende, não tendo absolutamente nada a ver com o tempo.
  49. O milagre não faz distinções entre graus de percepção equivocada. É um instrumento para a correção da percepção que é eficiente, sem levar em consideração o grau ou a direção do erro. É isso o que faz com que ele seja verdadeiramente indiscriminado.
  50. O milagre compara o que tu fazes com a criação, aceitando como verdadeiro o que está de acordo com ela e rejeitando como falso o que está em desacordo.
(T-1.I.1-50)

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